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a vida missionária das irmãs azuis no mundo  

a missão na amazônia com a equipe itinerante - irmã Joaninha

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Irmãs, Irmãos de travessia. Após a primeira etapa de itinerancia pelo rio Negro, subimos o rio Cacuquiari  uns 108 km chegando até onde deu para chegar pelos dias que nos restavam para essa etapa da missão. E chegamos até uma das maiores aldeias dos Yanomami. Impressionante. Quase 200 pessoas nesta aldeia. Uma Maloca repleta de gente. Muita criança. Necessidade de uma pastoral da criança com plantas para verminose. Nutrição, cuidados básicos de saúde. Muitas necessidades.


As comunidades dos diversos povos mui acolhedoras. Nos receberam com alegria e abertos para que possamos seguir visitando as aldeias apoiando as Maowaria de línguas geral,  Curipaco. Baré, Guariquena, Baniwa.


Voltamos cansados da viagem mas contentes por poder chegar até onde a Igreja e o Estado ainda não chegaram.

Do lado de Venezuela, muitas estruturas, comunidades fantasmas. Muita casa, pouca gente. Estruturas educativas enormes e sem escola... outro mundo.

 

No lado colombiano se oercebe um pouco mais de avanço.  Educação feita em carater internato de segunda a sexta feira quando os alunos  voltam para casa. Outro sistema.


No lado colombiano atendem os padres Xaverianos de Yarumal e no lado Venezuelano os padres da Sagrada Familia. Na fronteira. Mas os altos rios ficam abandonados. A situação aquí não é  facil. Combustivel e custo de vida caríssimos.

 
Viemos colher dados, conhecer a realidade para juntos com outras entidades discernir o que é possvel ser feito. Oxalá nossas irmãs do Paraguai que estão em Caracas pudessem somar a missão nestas fronteiras e travessias.

 

Gratidão a todas, à todos. Hoje vamos começar nossa descida. Sim, descer o rio Negro até São Gabriel. Mas ja estamos atrazados por causa da chuva desta manhã. Pronto nos veremos.


Irmã Joaninha CIC

 

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Queridas irmãs e queridos irmãos de caminhada e travessias

Mais uma vez volto escreve-lhes algumas páginas na tentativa de estreitar os laços e esvaziar o coração que segue vibrando nestas águas e caminhos. Onde nos chama a voz dos pobres, das fronteiras e dos momentos de pausa que a vida nos faz.

Após o mês de janeiro intenso já compartilhado fui a Rio Branco para reunião das Equipes missionários do CIMI AO. Acolher três novos missionários que chegaram e já estão se inserindo no contexto indigne daqui da Região. Os e as itinerantes ainda não haviam regressado. Surpreendida pela terceira onda da covid 19, precisei ficar uns dias em Rio Branco. Aproveitei para visitar o ortopedista, para questões de estrutura óssea e fisioterapia do pé que havia rompido nas férias. Tempo de graça foi o mês passado ali. Descanso cuidado com a saúde; recuperar as energias para seguir iterando. Apoiar um pouco a casa missionária do Cimi. Neste tempo tive contato com a Física quântica e o poder da atração. Muito está me ajudando estou me movendo em outra onda. Gratidão ao Universo por este presente e este carinho de Deus com a gente.

Fim de Fevereiro, justo um mês, retornei à fronteira e já estava Claudia, fma. Todavia faltavam os demais. Como estava inscrita na Assembleia do Vicariato de Porto Maldonado fui a Cusco, Quillabamba onde aconteceu a   VIII Assembleia. Com o tema:” DESDE LA INTERCULTURALIDAD, DISCIPULOS MISSIONEROS EM SALIDA”. Uma bonita experiencia. Selva de serra e de selva. Altitude impressionante. Se chega a quase cinco mil metros de altitude. Se vê os montes nevados lindíssimos. Muito frio. Foi uma semana entre ir e vir. Fiquei hospedada na Casa das catequistas franciscanas que vivem em Echarate, uns 50 km de Quillabamba.  Muito longe estão da fronteira.  O Vicariato de porto Maldonado abrange toda esta extensão da fronteira até  depois de Cusco; mais de 700 km. Estão estudando a possibilidade de uma nova diocese ou algo que ajude neste tempo de sinodalidade. Bonito ver os nativos sendo ordenados diáconos e sacerdote. A presença de Indígenas na Assembleia faz toda a diferença. Embora se nota a colonialidade evangelizadora que se fez. Muito esforço conjunto e excelentes assessores de modo virtual, o que se perdeu um pouco. Mas, o resultado foi que, a partir desta assembleia, todo vicariato vai atuar por “Decantura.” (como se fosse por região para nós) onde moramos pertencemos a decantura de Tauhamanu; na força da sinodalidade todos empenhados em participar.

De 17 a 28 de março, tivemos nosso encontro de formação anual da Equipe Itinerante e acolhida dos novos itinerantes que chegaram (Brasil, Costa Rica, Argentina, Equador e da Espanha que só pode chegar após o encontro). Estes dias passamos numa bonita chácara, uns 8 km da fronteira lado peruano. Tivemos assessoria de duas professoras da UFAC Universidade Federal do Acre. E uma outra de Bolívia que fazia mais uma assessoria holística ajudando a integrar, descolonizar os processos e processos incorporado historicamente. Um momento muito bom para toda a Equipe refletir, construir desconstruir temas complexos como COLONALIDADE E COLONIALISMO,  DESCOLONIALIDADE. Foi um processo profundo que necessitamos seguir trabalhando. Ai vai um fraguimento do relatório: “Discusión sobre colonialismo, colonialidad y decolonialidad. Compartimos lo que para nosotros es colonialismo y colonialidad:

Colonialismo tiene que ver con los conquistadores que llegaron. Y colonialidad tiene que ver con esa experiencia sutil que terminamos asumiendo muchas veces inconscientemente. La colonialidad está presente en nuestro cuerpo, sentimientos. Somos como pueblo parte de ese colonialismo. Colonialismo como proceso de dominación, y después nosotros terminamos replicando eso, incluso desde las congregaciones religiosas. Poder autoritario, yo mando, usted obedece, ligado a la relación de poder, y eso es reproducido en los espacios en donde estamos. Una cultura se impone a otra, desconociendo o anulando a la otra. No es solo de un momento histórico, ya existía esa imposición desde antes de la llegada externa. Y eso está en nuestros cuerpos. El colonizador llega y agarra aquello que para la cultura es importante. El colonialismo es instrumentalización del otro, relaciones que se fueron dando a lo largo de la historia. Y colonialidad es lo que de eso queda en el imaginario colectivo y terminamos reproduciendo eso. Colonialidad es consecuencia del colonialismo”.

As famílias de Iñapari nos apoiaram acolhendo um grupinho para dormir, pois a casa de apoio não comportaria todos. Terminados os dias de assessorias, visitamos a realidade de Iñapari e de Assis Brasil com o grupo de Manaus e os recém chegados. Ajudando ao grupo a ter um uma visão da realidade da fronteira que nos desfia com frequência. Dias intensos de movimento e casa cheia. Da fronteira seguiram até Xapuri para conhecer onde viveu e morreu Chico Mendes grande líder e defensor da floresta. Seguiram até Rio Branco pernoitaram no CIMI AO e dia seguinte continuaram até Porto Velho em ônibus. Só de ali seguiram de avião a Manaus. Voo muito caro dentro da região.

Dois dos novos; Walter e Erick ficaram na fronteira para conhecer e itinerar aqui durante estes primeiros tempos de experiência na equipe. Os demais estão no Núcleo de Manaus com possibilidade de passarem um tempo por aqui também e definir onde desejam estar residindo como itinerantes. Passou o tempo chuvoso e já estamos articulando as primeiras itinerâncias nas comunidades Indígenas e Ribeirinhas mais distantes nos próximos meses agora que estamos todos.

Estamos esperando duas ilustres visitas que chegarão nos próximos dias: Adelson sj que está na Gregoriana, e Maria Helena, Sagrado Coração de Maria. Assessores da CLAR para Rede Itinerante. Estarão conosco durante a Semana Santa. Visitarão os grupos itinerantes em toda Amazônia e decidiram começar pelo nosso grupo. Com eles vamos celebrar o Tríduo pascal nas comunidades tanto do lado peruano quanto do lado brasileiro. Para sentir nossa realidade. Este tempo nos convida a estar abertos e “acolher as novidades de Deus, no dizer de Elder Câmara, que nos surpreende, muda nossos planos, nosso dia e até o rumo de nossa vida”.

Desejo-lhes uma semana Santa abençoada e uma Páscoa repleta de alegrias, vibrações de novos tempos e muta prosperidade.

Feliz Páscoa e gratidão por poder estar nesta realidade e experienciar realidades tão diversas e oportunidades que ajudam a crescer e nascer de novo. Em breve nos veremos na alegrai de podermos encontrara-nos e renovar nosso engajamento Azul missionário.

Sua irmã itinerante que as ama muito.

Joaninha (e companheiros/as desta fronteira. Claudia, Ivanir, Walter, Oscar, Eugenia Izaías , Erick e Fernando) também as saúdam

Iñapari, abril de 2022

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